Andreu Catalá || Professor Catedrático na Universitat Politècnica de Catalunya, Espanha
Universitat Politècnica de Catalunya || Espanha || 30,347 Estudantes e 1,989 Funcionários
Pode apresentar-se e falar-nos sobre o seu projeto de investigação?
Sou Professor Catedrático na Universidade Técnica da Catalunha (UPC), promotor da Spin-Off Sense4Care (https://www.sense4care.com), e membro do conselho de administração. Nos últimos dez anos, tentei redirecionar parte do meu trabalho académico para a inovação, e fundar a Sense4Care foi um dos marcos mais importantes da minha carreira, uma empresa que criou um Holter para monitorizar os sintomas motores da doença de Parkinson. Hoje em dia, mais de 6000 doentes de Parkinson utilizam o nosso sistema, e temos clientes em mais de 15 países. A minha investigação no projeto OpenInnotrain está relacionada com o estudo do caminho desde a investigação pura até ao desenvolvimento de um produto real, na medida em que há mais dificuldades e barreiras na criação de tecnologias da saúde do que em outras áreas. A certificação obrigatória de dispositivos com regras diferentes dependendo do país, as implicações éticas, privacidade de dados, segurança e assim por diante, são alguns dos desafios.
Porque é que escolheu vir para a UPTEC para o seu projeto de investigação?
Colaborei com membros do ecossistema UPTEC, como a Fraunhofer AICOS, em muitos projetos e propostas europeias, pelo que conheço o potencial e a orientação para a inovação do ecossistema do Porto. Esta atmosfera é encantadora para interagir com diferentes atores de pesquisa e refletir sobre modelos de negócios.
Que expectativas tinha antes de iniciar o seu destacamento no Porto?
As expectativas do meu destacamento estavam relacionadas com o enriquecimento de conhecimentos na área da inovação, especialmente em modelos de negócio e nos aspetos regulatórios dos dispositivos médicos.
As suas expectativas foram atendidas?
Tive reuniões frutíferas com diferentes membros da Fraunhofer Portugal AICOS, Innov4Life e colegas no espaço de co-work, alguns deles criadores de spin-off com interesses semelhantes. O destacamento no Porto foi melhor do que eu esperava, com um par de possíveis colaborações de projetos europeus no Eurostar e EIC Accelerator para a promoção da spin-off.
Que ligações com os stakeholders do ecossistema do Porto poderam ser feitas?
As minhas ligações no Porto cresceram na sequência do seminário que ministrei no auditório da Fraunhofer Portugal AICOS a 11 de janeiro, com o tema “Da pesquisa ao mercado: o caso de estudo de um aparelho médico”. Estiveram presentes membros da Fraunhofer, do Innov4Life e da comunidade UPTEC.
De que aspetos do seu destacamento no Porto gostou especialmente?
A atmosfera amigável do UPTEC facilita a interação com outros investigadores; gostei imenso! A bela cidade do Porto tem muitos locais a visitar, comida fantástica e boa música, especialmente a “Casa da Música”, que é um cenário único para qualquer tipo de música.
Como é que o seu projeto vai continuar depois da sua passagem aqui no Porto?
A expectativa da continuação da empresa é elevada, e este destacamento no Porto contribuirá para fomentar laços mais estreitos com a Sense4Care, UPC e UPTEC.
1 de março de 2024