“O design numa empresa deep tech não cria a empresa, mas pode matá-la a longo prazo”

Ao longo da conversa debateram-se os desafios de incorporar o design nas empresas, exemplos práticos de design nos serviços, a importância da empatia na comunicação, a avaliação da aceitação dos produtos e a sustentabilidade no design.

Maria João Fernandes enfatizou a importância da empatia na comunicação e no ambiente empresarial, sublinhando como a sensibilidade cultural e o respeito são fundamentais para o desenvolvimento de produtos e serviços eficazes em diversos contextos internacionais. “A imagem é importante! Não podemos ser só profissionais e bons naquilo que entregamos; temos também de ter uma imagem que seja apelativa e apresentável”, destacou.

Já Luís Valente, CEO da empresa que quer acelerar o desenvolvimento de medicamentos personalizados garante que “o design numa empresa deep tech não cria a empresa, mas pode matá-la a longo prazo. Porque pode permitir ou impedir determinados negócios de acontecer, que podem fazer crescer a organização.”

Por outro lado, Filipa Frois Almeida salientou a importância do desenho. “Os arquitetos e os designers acabam, através do desenho, por pensar e chegar a soluções.”  Segundo a arquiteta, “a palavra “design” devia ser mais bem traduzida em português, devia ser “o desenho”. E pensar através do desenho, como desconstruir ou construir novas coleções a partir daí”, destaca.  

A sustentabilidade no design foi também tema de discussão, com todos os participantes a concordarem que esta deve ser uma prioridade. Desde a implementação de novos processos de fabrico mais eficientes até à escolha de materiais e à eficiência energética dos produtos, a sustentabilidade foi reconhecida como um fator central no processo de design.

A discussão aconteceu à margem do evento “Uma vez UPTEC, UPTEC para sempre”, um encontro para celebrar as conquistas das empresas graduadas.

5 de junho de 2024