Maria João: “As gerações mais novas não vão olhar apenas para o preço, por isso não vão comprar algo que tenha causado sofrimento animal ou impacto negativo no ambiente.”
Maria João: “As gerações mais novas não vão olhar apenas para o preço, por isso não vão comprar algo que tenha causado sofrimento animal ou impacto negativo no ambiente.”
Maria João Maia fundou a Corium Biotech, uma startup que quer produzir couro exótico real e igual ao couro tradicional, mas ecológico, sustentável e sem danos para os animais. Nasceu, cresceu e viveu em Bragança até aos 18 anos, saiu para estudar na Faculdade de Farmácia da U.Porto e o seu percurso passou por Paris e Nice, onde completou o mestrado, o doutoramento e onde começou a fazer as caminhadas e trilhos para espairecer e conviver. Adora praia e piscina, os seus pais foram e são fundamentais em tudo o que faz, mas o momento em que tudo mudou foi o nascimento da sua filha Maria Miguel, há cerca de um ano.
O que é a Corium Biotech?
O projeto é muito simples (risos). A ideia é conseguir produzir couro em laboratório, que seja quimicamente igual ao couro que se obtém nos processos tradicionais. No meu doutoramento especializei-me em reconstrução cutânea — assim como a minha colega e cofundadora Margot — e nós trabalhávamos muito com modelos de pele. Nós estudávamos a doença dos “Meninos da Lua” e como estes miúdos são muito sensíveis ao sol e, por isso, muito protegidos, não é possível estarmos a fazer biópsias consecutivas a estas crianças para análise e investigação, então nós trabalhávamos com modelos de pele reconstruída. Nós tínhamos células de alguns desses pacientes e depois conseguíamos reproduzir a pele em laboratório e depois trabalhar o que queríamos. Nós sempre tivemos a ideia de, com esta técnica, transformar isto num negócio nosso. Então surgiu a ideia de passarmos da pele para a transformação em couro. Respondendo à tua questão (risos), o projeto da Corium Biotech é conseguir, em laboratório, criar um couro real.
E o couro é exatamente o quê? Como é que isso acontece na prática?
O couro, depois de todos os processos que sofre, é uma matriz muito simples. O couro chega como pele, é preciso tirar o pelo, a parte superficial, gordura, sangue… Nós já partimos com um produto muito puro sem esses “inconvenientes” de gorduras e outros e depois é só transformar (risos). Ainda estamos a afinar o processo, mas há várias formas de o fazer. Todas as alternativas ao couro que agora existem, não são bem couro, obviamente. Aquele couro vegan que está na moda, não é couro, é apenas um material a tentar imitar. Normalmente, o couro vegan é plástico ou é baseado em cascas de banana, maça, grão de café, etc.. mas não é couro real. O que nós temos é um couro real e exatamente igual, mas que tem um compromisso de poder ser utilizado por pessoas que não consomem produtos animais e que não seja poluente.
Há vários tipos de couro, não é? Vocês trabalham com algum tipo em específico?
Sim, há muitos. Nós estamos focadas em couro exótico, principalmente de cobras, serpentes, lagartos, iguanas… Estas são as espécies mais ameaçadas para produção de couro. Há explorações agrícolas cujo principal e primeiro objetivo é tirar a pele aos animais e há, inclusivamente, empresas de moda que compram estas explorações para terem um fornecedor interno de pele. Portanto, estas explorações têm como primeiro objetivo — e muitas vezes o único — retirar a pele aos animais para produção de couro. No caso dos bovinos, por exemplo, vão servir também para alimentação, por isso, normalmente, a pele é um extra. Neste tipo de animais exóticos, o único objetivo é mesmo retirar a pele para produzir couro.
Então vocês encontraram aqui além de uma boa oportunidade de negócio, uma grande oportunidade para cuidarmos dos animais de uma forma bem diferente.
Sim, exato. Nós transformámos a pele que nós já sabíamos fazer em couro e fomos percebendo que, de facto, há um mercado nos exóticos. Apesar de nos estarmos a focar nesta área, a nossa técnica permite produzir todo o tipo de couro.
Basicamente e para garantir que percebi (risos), vocês partem de uma pequeníssima amostra e conseguem multiplicar infinitamente e, assim, não há nenhum dano para o animal.
Para o animal não há dano nenhum, porque nós só recolhemos amostras imediatamente após a morte e com o consentimento do dono ou em casos de cirurgia. Por exemplo, as serpentes gostam de ir para o calor e queimam-se muitas vezes e, na altura do curativo, retiramos apenas uma amostra ínfima. Nunca o animal é posto a dormir ou alterado para recolhermos a amostra. Só trabalhamos com amostras recolhidas imediatamente após a morte ou de cirurgias. Nós temos protocolos com jardins zoológicos e centros de veterinária que nos ajudam muito.
As gerações mais novas não vão olhar apenas para o preço, por isso não vão comprar algo que tenha causado sofrimento animal ou impacto negativo no ambiente.
Além disso, vocês também querem reduzir substancialmente a emissão de CO2 em todo este processo.
O nosso objetivo é reduzir em 80% as emissões de CO2 relacionadas com todo o processo — a indústria do couro é uma das mais poluentes do mundo, atualmente. Sabemos que grande parte vem do animal em si e que ao utilizarmos uma pequena amostra de apenas um animal estamos a reduzir quase a 100% as emissões dessa parte do processo que, no método tradicional, é a mais poluente. Reduzimos, também, as emissões ao longo do restante processo porque já estamos com um material muito mais puro.
E, afinal, como é que um projeto de duas investigadoras a trabalhar em França vem ter à UPTEC (risos)?
O projeto nasceu lá em França, é verdade, com a minha colega Margot, mas quando estávamos a pensar onde é que queríamos estar fisicamente para pôr a ideia a desenvolver, pensámos logo aqui no Porto. Eu já conhecia a cidade e sabia que existia a UPTEC, que é um parque de ciência e tecnologia que está ligado à Universidade, o que nos facilita muito os contactos — e assim viemos para cá.
Depois de todo o teu percurso académico e de te teres dedicado à investigação, como é que surge a ideia de criares a tua empresa? Sempre quiseste fazer isso?
Não, não, de todo (risos). Isto surgiu em conversa que ia tendo com a minha sócia enquanto fazíamos o doutoramento, porque a verdade é que quem está ligado à investigação não tem grande estabilidade. Vives de bolsas e projetos que podem ou não surgir. Além disso, a tua investigação fica condicionada àquilo que for a necessidade para aquele momento. O projeto onde foste colocado é onde tens de trabalhar. Não podes fazer propriamente a investigação que queres. Então a ideia surgiu um pouco nesse sentido, de querermos decidir aquilo que queremos investigar e fazer. A verdade é que só consegues fazer isso se tiveres a tua própria empresa.
Quais são as principais aplicabilidades do couro, por curiosidade?
São imensas mesmo. Vai desde o têxtil, automóvel, móveis e muito mais. Claro que o mais utilizado é na indústria têxtil e sabes que agora há um grande esforço das marcas de moda em encontrar soluções para este couro, porque à medida que as gerações mais novas vão tendo poder de compra, os produtos têm de ser diferentes. As gerações mais novas não vão olhar apenas para o preço e comprar uma peça que tenha causado sofrimento ao animal e que tenha tido um impacto muito negativo no ambiente. Então, a indústria da moda está à procura de novas soluções e há aqui uma boa oportunidade para nós.
O projeto tem apenas um ano e pouco, mas já tens alguns momentos-chave?
Temos, claro! Primeiro, a participação no ClimateLaunchpad, por que foi quando começamos a estruturar a ideia de negócio a sério — a quem podemos vender, por quanto, onde, quantificar tudo e muitas outras coisas que ainda não tínhamos feito. Depois disso, foi o investimento da Portugal Ventures, que nos permitiu iniciar o trabalho laboratorial.
Se daqui a dez anos estivermos no Top 10 de empresas com produção ecológicas e sustentáveis de couro acho que já me dou por muito feliz.
Quem é que vos vai comprar o produto? Quem são os vossos potenciais clientes?
O alvo que nós temos são as marcas da moda de luxo. Nós estamos a trabalhar no couro exótico, que já é de nicho, e juntando-lhe a investigação toda que estamos a fazer, é um produto que não vai ficar barato.
Onde é que vamos ver a Corium daqui a uns dez anos?
O que nós queremos é ser reconhecidas como uma alternativa viável e real aos métodos tradicionais na obtenção do couro. Se daqui a dez anos estivermos no Top 10 de empresas com produção ecológicas e sustentáveis de couro acho que já me dou por muito feliz (risos).
Qual é o maior desafio para ti de teres o teu próprio projeto?
É a multidisciplinariedade, sem dúvida. A quantidade de coisas que tu tens de lidar é enorme. Agora não tenho só de estar a fazer a minha investigação, tenho de falar com os fornecedores, com os parceiros… Eu sou farmacêutica, a minha formação não tem nada disto (risos). Nesta fase inicial temos de saber fazer um pouco de tudo e isso é um grande desafio.
A Corium nasceu em plena pandemia. Aliás, chegaram à UPTEC em fevereiro de 2020, por isso quase nem sabem o que é uma empresa sem pandemia. Isto atrasou alguma coisa para vocês? Trouxe-vos problemas?
Não, diria que não. Quer dizer, há falta de matéria-prima e as encomendas estão muito atrasadas, mas isso é transversal a todas as áreas. Não posso dizer que estamos a ser muito afetadas, além da questão do material. Aliás, se não fosse a pandemia, a Portugal Ventures não teria aberto esta call e não teríamos recebido este investimento… É preciso dizer isso também.
Depois de uma licenciatura, mestrado, doutoramento e investigação, Maria João ainda tem tempo para dedicar às suas caminhadas, às paisagens belíssimas, aos livros light que gosta de ler e às muitas séries que gosta de ver. Apesar de agora o seu tempo ser praticamente todo dedicado à sua filha, Maria João passeou muito nos Alpes Marítimos em Nice nas caminhadas que fez com colegas e amigos. Nunca esquecerá Paris, quer conhecer o Chile e diz que vai escrever um romance. Além disso, conseguiu uma proeza ao alcance de poucos: fundou uma empresa 20 dias antes de ver nascer a sua filha. Fomos até aos Trails de Valongo caminhar e conversar com a Maria João.
Como é que surgiu o teu interesse e o teu gosto por caminhadas?
Agora já há muita gente que faz caminhadas em Portugal, mas quando eu fui para França, em 2010, não era uma coisa muito comum e organizada cá, mas lá as pessoas ao fim de semana já faziam muitas caminhadas ou trilhos. Na altura era algo muito enraizado por lá — agora até me dá ideia que por cá também começa a acontecer isso. A minha mãe fez os Caminhos de Santiago há cerca de 10 anos e não era muito comum fazer-se isso. Agora toda a gente faz os Caminhos de Santiago, seja a pé, de bicicleta ou de carro (risos).
Mas tu quando estavas em Portugal não fazias esse tipo de programas, não é?
Sim, eu só comecei em França com as minhas colegas. Quando me mudei para Nice — que é no sul de França e são Alpes Marítimos — é que comecei. Lá há percursos lindíssimos e paisagens fantásticas. Eu faço os caminhos de dificuldade simples. Eu não vou lá para me matar (risos), eu vou para caminhar e estar tranquila. Elas convidaram-me para ir e como quando me mudei para Nice não conhecia muita gente, foi uma boa oportunidade para começar a criar laços fora do laboratório. Comecei a ir com elas e ganhei o gosto desses passeios. Mesmo até no meu dia-a-dia passei a caminhar muito mais e hoje caminho infinitamente mais do que antes de começar a fazer as caminhadas. Eu era muito dependente do carro em Portugal, em Paris era muito dependente dos transportes públicos e agora já não é tanto assim. Agora que penso nisso, em Paris havia imensos percursos que podia ter feito a pé e ia de metro ou autocarro (risos).
Quais foram as maiores distâncias que fizeste nesses percursos?
Olha, aquilo tem muito desnível e essa era a parte mais exigente e não propriamente a distância. Aquilo são Alpes, por isso tens subidas e descidas bastante íngremes e acentuadas. Normalmente, fazíamos entre 10km a 12km. Íamos super cedo, por volta das 6 horas da manhã, mas parávamos para almoçar e para conviver… Não era só a caminhada que contava, o tempo que passávamos juntos também fazia parte do percurso (risos).
O convívio com as outras pessoas era uma parte importante para as tuas caminhadas, então.
Sim, sim. O convívio era fundamental. Sozinha não faria aqueles percursos. No meu dia-a-dia ando sozinha, obviamente (risos), mas este tipo de programas funciona bem em grupo. Na verdade, eu gostava de tudo: o acordar cedo, o cheirinho da manhã, o percurso, almoçar numa sombrinha, conversar… Cria uma ligação muito interessante entre as pessoas. A maior parte das pessoas com quem ia eram pessoas com quem também trabalhava — embora houvesse sempre alguns amigos de amigos —, mas conseguíamos abstrair-nos completamente do trabalho e ter um tempo muito engraçado numa paisagem lindíssima e completamente diferente.
Lembras-te de algum percurso que tenhas gostado especialmente?
Sim, talvez o Baou de Saint-Jeannet — Saint-Jeannet é uma aldeia a uns 30 km de Nice. Aquilo é um pico, uma montanha e as vistas são absolutamente fantásticas e é mesmo perto. Acho que não dá para ver de Nice, mas vê-se de Saint-Laurent. Lá em cima as vistas são incríveis. Cá em baixo vês um pico de pedra gigante e não imaginas como é que lá chegas. Foi dos percursos que mais gostei de fazer mesmo. No inverno é preciso ir com as raquetes de neve, porque aquilo é a sério (risos)! Lá neva mesmo!
Fazer essas caminhadas com neve é todo um outro nível (risos).
Sim, tens mesmo de fazer com estas raquetes. Tu prendes as tuas botas lá e aquilo serve para não enterrar na neve. Sem aquilo ias “ao fundo” e enterravas logo (risos).
Aqui em Portugal não fizeste ainda essas caminhadas, pois não?
Eu vivi aqui até 2010 e na altura não havia muito esse costume cá. Quando regressei já estávamos em pandemia, entretanto engravidei, depois a miúda nasceu e ainda não a posso levar para as caminhadas (risos). Por causa disso, ainda não comecei cá, mas vou voltar a fazer!
E em Nice com aquele bom tempo tu não aproveitavas para ir à praia (risos)?
Eu adoro praia. Eu ia muitas vezes à praia lá, mas como estava a fazer o doutoramento sentia-me sempre um pouco “culpada”, porque pensava sempre que devia estar a estudar ou fazer isto e aquilo. Eu adoro praia e fiz muitas vezes praia em Nice, sim.
Por falar no teu doutoramento, tu estudaste uma doença muito rara, não foi?
Sim, sim. Eu fiz o doutoramento em Interações Celulares e Moleculares e a investigação foi feita sobre a doença conhecida como “Os Meninos da Lua”, que não podem apanhar sol porque têm uma deficiência genética que os impede de corrigir os danos que o sol causa nas cadeias de DNA — fazem cancros cutâneos muito cedo e muito frequentemente. Eles chamam-se meninos da lua, já que há todo um sistema para eles — só saem de casa à noite, têm escola à noite, vão para campos de férias à noite… São mesmo uma comunidade muito particular.
És aquela empreendedora que trabalha a toda a hora e a todo o momento?
Não, não. Não sou mesmo. Eu defino horas de trabalho muito claras e não trabalho ao fim de semana, por exemplo. No final do trabalho desligo e volto a pegar no dia seguinte. Eu vou ao laboratório às vezes ao fim de semana, mas apenas por questões práticas e que têm de ser feitas a determinadas horas.
Além de trabalhares, estudares e investigares (risos), o que é que fazes mais na tua vida?
Olha, agora cuido da minha filha. Basicamente, o tempo é todo para isso (risos). Antes fazia muita piscina, mas tenho uma mania que é estranha e, por isso, agora não tenho feito (risos). Em Nice, as piscinas são de 50 metros, mas aqui só há de 25 metros e eu não gosto (risos). Não é que eu seja grande nadadora, mas sinto que não rende (risos). Gosto muito de praia e sempre que posso vou fazer praia, embora aqui não seja fácil por causa do vento (risos). E leio muito e vejo Netflix, também.
Quem é que marcou a tua vida de uma forma diferente e especial?
Os meus pais, sem dúvida nenhuma. Foram as pessoas que mais me incentivaram para sair de Portugal e sempre me apoiaram em tudo mesmo. Eu fui muitas vezes confrontada com escolhas na vida profissional e é importante termos um suporte não que faça as escolhas por nós, mas que nos conforte nas escolhas que tomamos. Mesmo que saibas aquilo queres — e eu nunca tive grandes dúvidas — é fundamental teres pessoas que te apoiam e nunca fizeram força nenhum para eu regressar. São uns pais que estão sempre a motivar-me!
Qual foi o momento mais importante da tua vida?
Essa é fácil (risos). Foi, sem dúvida, o nascimento da minha filha, a Maria Miguel. É uma mudança de vida total e as tuas prioridades alteram-se. Nós tentamos preparar ao máximo a chegada da Maria Miguel — e acho que conseguimos —, porque a Corium Biotech nasceu 20 dias antes da minha filha (risos). São da mesma idade (risos). Mas sim, o momento mais importante da vida é quando te tornas responsável por uma pessoa que depende de ti para tudo.
Falaste há pouco que gostavas de ver séries. O que é que andas a ver?
Eu vejo mesmo muita coisa (risos). Recentemente, vi a última temporada de The Handmaid’s Tale — que por acaso é Hulu e não Netflix (risos) — que é sobre um universo distópico e é muito interessante.
E séries preferidas?
Lost e Prison Break, sem dúvida.
E os melhores livros?
Atenção que eu só leio assim “livrinhos”, não leio grande literaturas (risos). Gosto de coisas mais light. É o “Chocolate”, da Joanne Harris, por exemplo. Há uns tempos instalei aplicação Good Reads, que te classifica enquanto leitor e eu sou chick lit, que é o que eles dizem de livros para “donas de casa” (risos). Basicamente eu leio para me distrair e espairecer.
Qual é a tua cidade preferida?
Paris.
Qual é a tua maior qualidade?
Quando me convidaste para o Out of Office pensei que seria melhor ir ver os anteriores para me preparar (risos), mas acabei por só ver um porque não queria vir com as respostas pensadas, mas li esta pergunta. Fiquei à espera que não me perguntasses isso, mas cá está (risos). Bem, diria que é a confiança que tenho em mim e que me dá o impulso para avançar e para fazer.
E o teu principal defeito?
É o excesso de confiança que ponho nos outros, principalmente no plano profissional.
Qual é a tua viagem de sonho?
É conhecer o Chile.
E qual foi a viagem que mais gostaste de fazer?
Foi à Sardenha.
Diz-me duas coisas que queiras fazer na tua vida.
Quero escrever um livro, ainda não sei o tema, mas seria um romance. Gostava de fazer imensas viagens que ainda não fiz, principalmente ao Sri Lanka, Vietname, Laos e pelo sudeste asiático.