João Gomes: “Todos nós queremos deixar a nossa marca no mundo e a Tatara já vai conseguir isso.”
João Gomes: “Todos nós queremos deixar a nossa marca no mundo e a Tatara já vai conseguir isso.”
João Gomes nasceu na Batalha, onde cresceu e estudou até aos 18 anos. A conselho do seu irmão escolheu Engenharia Mecânica na Faculdade de Engenharia da U. Porto e antes de terminar o curso já estava a trabalhar. Sempre quis ir para fora ter uma experiência diferente e esteve quatro anos na Bélgica. A Escola de Startups da UPTEC impulsionou a Tatara, que cofundou com o Luís e o André — os amigos com quem se juntava "às quartas-feiras para escrever no quadro branco todas as ideias que tinham". É um homem que gosta de jogar futebol, praticar snowboard, tocar guitarra e... ganhar passatempos. Viajou de borla a Las Vegas, Mykonos, Alemanha, Hawai e... ganhou 32 viagens a Andorra — vendeu 24, com o dinheiro comprou material de snowboard, uma guitarra e uma bateria e ainda levou oito amigos a viajar com ele.
O que é a Tatara? Qual é o vosso projeto?
A Tatara é uma empresa que fabrica produtos premium de barbear. Eu digo premium não só porque sim, mas porque os materiais utilizados são materiais nobres, como o inox e, agora recentemente, o titânio. Além disso, o tipo de acabamento também é diferente e de grande qualidade. As safety razors já existem há muitos anos e não fomos nós que inventámos (risos). O que nós fizemos foi dar um design mais inovador e mais futurista e aplicar-lhe estes materiais mais nobres. Percebemos que as pessoas dão valor a isso — à qualidade do nosso produto — e agora temos, além da razor, pincéis, taças de porcelana, stands de cortiça e, até ao final deste ano, vamos ter o nosso próprio after shave e sabão de barbear. Somos, no fundo, uma empresa que trabalha no grooming.
Eu sei que a Tatara estava ao lado de algumas outras ideias num quadro branco que tinhas lá em tua casa, não era? Conta-nos como é que a Tatara deu os primeiros passos.
Sim, é verdade e olha que isso vai dar uma história muito grande (risos). Depois do curso, eu, o Luís e o André juntávamo-nos em minha casa às quartas-feiras e havia sempre duas coisas: o quadro branco para escrevermos as nossas ideias e frango de churrasco (risos). Éramos três a pensar e a ter ideias, por isso havia mesmo muita coisa para lá. Uma delas — e estivemos mesmo quase a avançar — era uma plantação de bagas goji (risos). Nós fomos a uma formação no Marco de Canaveses sobre como plantar bagas goji, estivemos a ver o melhor terreno, encontrámos o espaço ideal e fomos ao banco… Precisávamos de 80 mil euros para comprar o terreno e quando fomos pedir empréstimo é que nos apercebemos que estávamos a trabalhar há muito pouco tempo e que éramos três engenheiros mecânicos que, do nada, queriam ser agricultores (risos). Tínhamos um investimento enorme, íamos ficar já com uma dívida… Se calhar não era bem aquilo. Então éramos três engenheiros e íamos plantar goji? Até então, na nossa cabeça, aquilo fazia todo o sentido do mundo (risos).
Então os engenheiros voltaram para a engenharia e esqueceram a agricultura (risos)?
Nesse mesmo dia, voltámos a olhar para o quadro e procurámos uma ideia para podermos acrescentar valor e que seja na nossa área. Estava lá a safety razor e já tínhamos falado bastante nisso também e percebemos que, na altura, era o que fazia mais sentido. Não tínhamos de arriscar muito — não tínhamos de pedir empréstimos malucos (risos) — e sabíamos que podíamos acrescentar valor.
E isso dá-se em que altura?
Eu acho que foi em 2016, porque foi nesse ano que fizemos a Escola de Startups aqui na UPTEC.
Falando aí no início do vosso trajeto, a Escola de Startups foi importante para vocês?
Sim, foi fulcral. Primeiro porque foi mesmo no nosso início, foi na altura ideal para sustentarmos a marca, já que até então era só mesmo uma ideia. Se calhar até nos safávamos sem a Escola de Startups, mas a verdade é que foi lá que fomos introduzidos ao pricing, conteúdos de marketing, aos nossos designers… Trouxe-nos muita coisa mesmo e mostrou-nos que o estávamos a fazer na altura não era tão gratificante como o que poderia vir daí para a frente. E dou-te outro exemplo: a minha saída da primeira empresa onde estava foi, em parte, devido à Escola de Startups, porque eu vinha para cá e sentia que aprendia mais em duas horas aqui do que numa semana inteira na empresa — e eu queria isso, queria aprender mais!
Voltando um bocadinho atrás e já que falas nisso, o teu percurso profissional também é muito curioso e parece que tudo se foi encaminhando para avançares para a Tatara. Portanto, depois do curso acabaste por ficar já pelo Porto, não foi?
Sim, fiquei por cá. No quinto ano fiz estágio numa empresa de fundição de precisão na Maia e convidaram-me para ficar lá a trabalhar. Ainda nem o curso tinha acabado e já tinha trabalho, por isso não ia estar a voltar para a Batalha. Entretanto, durante esses tempos, apaixonei-me pelo Porto e não quis mais sair (risos).
E a tua experiência internacional é depois dessa empresa, não é? Sempre quisestes aventurar-te lá para fora?
Sim, sim. Sempre quis ter uma experiência no estrangeiro e queria ir cedo, por isso depois de quatro anos a trabalhar na Zollern comecei a perceber que queria mais e, talvez “picado” pelo Erasmus e para desenvolvimento pessoal, fui trabalhar para a Bélgica — tive uma proposta de emprego para processos de inovação para a indústria automóvel. Trabalhei quatro anos lá e correu tudo muito bem, mas entrou o COVID e, por falta de trabalho, passámos a trabalhar apenas três dias por semana. Nessa altura, juntei aqueles dois dias às horas noturnas que já dava à Tatara e as coisas começaram-se a notar, porque a empresa começou a crescer muito. Já não dava para fazer tudo em part-time, então tomámos a decisão: despedi-me, voltei para Portugal e passei a estar full-time na Tatara.
Nós demos 100 euros cada um e nunca mais houve nenhum outro valor de investimento.
Olhando para o percurso da Tatara até aos dias de hoje, que pontos-chave é que encontras?
O ponto inicial é a mudança do goji para a Tatara (risos). A Escola de Startups foi muito importante na criação da empresa, também. Recordo-me, ainda, de duas ou três reviews de blogs tradicionais de shaving que foram bombásticas para começarmos e outro ponto crucial foi quando passei a estar a full-time, porque a empresa cresceu muito e agora, passado um ano, o Luís também já está a tempo inteiro.
A Tatara é uma empresa de produto físico. Acredito que agora com as vendas que têm já tenham o processo bem definido e oleado, mas onde é que tudo isto começou?
O produto foi sempre feito no mesmo sítio — e essa uma das nossas grandes vantagens. O André é Diretor de Produção na empresa onde nós maquinamos, por isso o controlo de qualidade do nosso produto é muito grande e isso é fundamental para uma marca como a nossa. Nós já fizemos os primeiros protótipos lá e sem grande investimento — nós investimos 100 euros cada um e nunca mais houve nenhum outro valor investido. A nossa empresa é bastante sustentável e tem-se vindo a alimentar com o próprio dinheiro da empresa. Mas não era tudo feito nessa empresa, obviamente. As peças eram maquinadas, depois levávamos para casa e o pai do André dava acabamento às peças, o packaging era feito pelos meus pais e os envios eram feitos por nós três, mas depois eu fui para a Bélgica e ficou a ser mais o André e o Luís. Eles viam as encomendas nas casas deles à noite e tratavam disso. Agora já não é assim (risos)!
E momentos menos bons nesta caminhada?
Olha, talvez o Luís e o André te dessem uma resposta diferente, mas para mim é a gestão das críticas do “ah, isso é caríssimo para um português… não faz sentido”. Esses comentários deixam-me um bocadinho triste, porque não veem o valor do produto e porque nós fazemos tudo em Portugal, ou seja, contribuímos para a economia portuguesa e vendemos para fora. Pagamos tudo em Portugal, trazemos dinheiro para cá e ainda somos criticados por isso? Não temos assim muitas destas críticas, mas é algo que não gosto muito de ouvir. E como vês, não temos muitos momentos menos bons, já que foi isto que eu escolhi responder-te a essa pergunta (risos).
Quem são os vossos clientes? São particulares ou vendes, por exemplo, para outras lojas?
É um mix. Nós começámos com as vendas online e depois tivemos empresas a dizer que queriam ter os nossos produtos nas lojas deles. E agora com a entrada do Luís a tempo inteiro, o nosso objetivo é nós ativamente procurarmos empresas para resale.
Daqui a dez anos onde é que vamos ver a Tatara?
No mesmo sítio, espero eu, aqui na UPTEC (risos). Nós não temos visão a dez anos, se calhar até devíamos ter, mas queremos ser número um no shaving premium. Existem alguns concorrentes e ainda não somos o número um, mas estamos lá perto. Queremos ganhar outra dimensão comercial e atingir mercados não apenas de nicho.
Fundar a empresa não é difícil, qualquer pessoa consegue. O desafio é a dedicação que exige.
Para ti pessoalmente, qual é o grande desafio de fundar uma empresa?
Fundar a empresa não é difícil, qualquer pessoa consegue (risos). O desafio é a dedicação que exige, porque trabalhámos muitas horas à noite, por exemplo. Não nos privámos de ter vida pessoal, somos três e conseguíamos gerir, mas andávamos sempre com o portátil e tínhamos que mandar emails e tudo o resto… Apesar disso, não vejo isso como um momento difícil, eu fazia isso com muito gosto.
Estamos, ao que parece, a sair de uma pandemia agora, mas foram anos complicados para algumas empresas. Como é que vocês passaram por aqueles meses mais difíceis?
Olha, nós sentimos a pandemia positivamente nas vendas — e até parece mal dizer isto. É verdade, as nossas vendas aumentaram e temos vindo a dobrar a faturação de ano para ano. As pessoas estavam mais em casa, mais atentas ao online, talvez mais aborrecidas e à procura de novas coisas para fazer…
Já praticamos surf, ténis, golfe, padel e este mês o Out of Office foi até a um campo sintético indoor da cidade para ver um jogo de futebol. João Gomes jogou durante 11 anos e foi sempre fiel ao seu único clube: o Batalha. Gostava de marcar golos, mas não era a avançado que se sentia bem. Fez a sua melhor temporada com 17 anos, subiu de divisão, mas falhou a final por lesão. Se tivesse surgido a oportunidade talvez até se tivesse tornado jogador profissional, mas preferia ter apostado mais na música e "desanimou um pouco" quando a sua banda terminou. As sinergias que tinha com os cafés da região fizeram-no vencer inúmeros concursos e viajar com amigos para todo o mundo.
Não és homem de um hobbie só, pelo que percebi pela minha investigação (risos). Como bom português temos o futebol, o snowboard começou através da tua veia empreendedora engraçadíssima e a guitarra também esteve presente desde jovem. Vamos ao desporto-rei. Como é que surge o futebol na tua vida?
O futebol surgiu por causa do meu irmão. Nós andávamos no andebol antes, mas o meu irmão mudou para o futebol. E como o meu irmão era mais velho e para os meus pais não terem de nos ir levar a dois sítios, eu fui para o futebol também (risos). Eu comecei a jogar aos oito e joguei federado até aos 19 anos, porque depois tornou-se complicado conciliar com a faculdade.
Mas continuaste sempre a jogar com amigos de forma mais descontraída, não foi?
Sim, isso sim. Continuei sempre com amigos e em torneios — na Batalha ainda jogo em alguns torneios. Agora como é mais difícil marcar e ter sempre a mesma equipa, estou naqueles grupos de Whatsapp em que a malta manda mensagem a combinar só para matar o bichinho (risos).
Em que clubes é que jogaste?
Só um. Sempre no Batalha.
E em que posição em que jogavas?
Sim, sim. Fiz o flanco todo (risos). Onde eu gosto mais de jogar é a médio e lateral. Gosto de marcar golos, claro, mas acho que não era tão bom. Eu sou rápido, então consigo ir à frente e voltar para trás com relativa facilidade.
Foste subindo no terreno (risos).
Não propriamente. Tenho várias pessoas com quem jogo regularmente, mas não tenho ninguém fixo.
Um jogador que está 11 anos num clube só acaba por se tornar um símbolo, não (risos)?
Nós tínhamos uma boa equipa na altura, sim. Houve até um momento em que um olheiro do Sporting CP veio falar com o nosso treinador a pedir o meu nome e contactos, mas depois aquilo não deu em nada (risos).
E qual foi o ponto alto da tua carreira?
Foi quando subimos de divisão — eu tinha 16 ou 17 anos, já não sei bem. E lembro-me que não consegui ir à final, porque fui operado. Fiquei muito chateado! Foi contra o Nazaré.
É o grande rival do Batalha?
Não, não. As equipas da praia eram sempre ossos duros de roer, eles eram rijos (risos). Mas o grande rival era o Leiria e o Marinha Grande.
O futebol teve um papel importante na tua vida e no teu desenvolvimento?
Sim, sem dúvida. Sim, a competição, o meu treinador foi sempre alguém muito presente, o espírito de equipa, as amizades que fiz…
O que é que o futebol, enquanto desporto, te ensinou?
Olha, a nossa equipa era muito reconhecida pelo bom comportamento. Éramos bons miúdos e isso vem muito do nosso treinador, também, e isso ensinou-me respeito. Obviamente a parte do treino, método, a disciplina… são também fatores importantes. E claro, as amizades e o balneário são coisas que ficam para a vida. Se eu tiver filhos um dia, também vão jogar futebol precisamente por isso e não porque quero que sejam profissionais da bola.
Tinhas alguma referência enquanto jogador?
Sim, os normais. Luís Figo e Rui Costa, mas mais o Figo.
Não consigo encontrar grandes semelhanças entre o snowboard e o futebol, mas a verdade é que são os dois desportos que tu mais gostas (risos). Como é que apareceu o snowboard na tua vida?
O snowboard entrou por causa das promoções. Eu participei num concurso da Sumol em que ofereciam snow trips a Andorra e eu ganhei… 32 viagens (risos). Eu ganhava assim umas coisas… (risos). Ganhei 32 viagens, levei 8 amigos e vendi as outras 24 viagens — eu e mais dois amigos — e com o dinheiro comprei a prancha, o equipamento todo, uma guitarra e uma bateria. E esse trio de amigos também tem uma banda (risos)! Fomos uma semana a Andorra nessa viagem e ficámos todos malucos.
Já tinhas idade para viajar sozinho (risos)?
Acho que tinha 18 anos já (risos). No ano seguinte ganhámos outra vez o concurso da Coca-Cola e fizemos quatro anos assim (risos).
Tu foste quatro anos a Andorra de borla por ganhares concursos promocionais (risos)?
Sim, sim (risos).
Eu tinha um esquema com todos os cafés da região e guardavam os códigos para mim, por isso tinha os cafés a trabalhar para mim.
E o que é que tinhas de fazer nesse concurso?
Era por número de códigos. Os rótulos e as caricas tinham códigos no verso e quem introduzisse mais códigos ganhava. Eu tinha ali um esquema com todos os cafés da região e todos guardavam os códigos para mim, por isso tinha todos os cafés a trabalhar para mim (risos). Tinha ali uma equipa que não era fácil de bater (risos).
E ganhaste mais coisas?
Ui, ganhei muito mais coisas. A Coca-Cola tinha um outro concurso em que ofereciam uma estadia no Algarve e depois uma viagem até Gelsenkirchen para ver um jogo do Mundial 2006 e fui ver o Portugal vs México com tudo pago. Ganhei um interrail de um mês da Sumol e fui uma semana a Las Vegas com a Durex, porque conseguimos as fotos mais criativas desses concursos (risos). Ah, e ganhei uma semana no Hawai com aulas de surf, também.
Isto é absolutamente épico (risos). Tu estavas sempre à procura destes concursos, não? Com que idade é que começaste?
O meu primeiro prémio foi com 14 anos e aos 15 anos ganhei uma viagem a Mykonos (Grécia) a um festival da Coca-Cola. Lembro-me que eu e os meus amigos tínhamos os três 15 anos e era preciso alguém maior de idade que se responsabilizasse por nós, então levámos o meu irmão que tinha feito 18 anos nesse mês (risos).
Então e que prémios mais é que ganhaste?
Não estás bem a ver (risos). Ganhei a PlayStation1, PlayStation2, PlayStation3, televisão, bicicletas, computadores, telemóveis… ganhava tudo (risos)! Agora é que não há nada para ganhar (risos).
Portanto, um dos teus passatempos era procurar passatempos (risos).
Sim, eu ia ao supermercado procurar estes concursos em todos o lado… nas massas, nos sumos, nos líquidos e em todo o lado (risos). Nós ganhámos a viagem à Grécia e a partir daí foi uma loucura (risos).
Então o snowboard entrou por aí, mas foi ficando.
Sim, sim. Nós depois tínhamos o equipamento todo e como tivemos aulas incluídas, ficamos a saber andar bem relativamente rápido. E todos os anos tento ir fazendo ainda agora. E até cheguei a ir também à pala pela AE FEUP (risos).
Além disso, ainda temos a parte musical da tua vida. Pelo que sei, também é desde pequeno.
Sim, desde os 13 anos, talvez. Era um rapaz que tinha uma banda e que tinha começado a dar umas aulas para ganhar uns trocos. Aliás, na verdade até comecei com uma freira que dava aulas gratuitas para tocar na missa, mas depois mudei (risos). Mas eu tocava guitarra, com as promoções comprámos uma bateria e eu e mais amigos fizemos uma banda. Dos 15 aos 18 anos tivemos os AFTA — que significava água, fogo, terra e ar — e depois tivemos os The Crush Note, porque já queríamos ser artistas internacionais (risos). Gravámos uma maquete com três músicas e tudo (risos).
Gostavas de ter feito mais alguma coisa da música?
Sim, sim. Gostava mesmo. Eu desanimei-me um pouco quando a banda acabou e agora não toco tanto quanto deveria e gostava. Eu antes tocava todos os dias e tínhamos que ensaiar, mas depois foram aparecendo outras coisas. Agora toco uma vez por mês, se correr bem, mas tenho pena em dizer-te isto, porque adorava mesmo o tempo que a gente passava. Adorava os concertos e a sensação de tocar ao vivo ali na nossa zona. A malta curtia ver os putos com 16 anos a tocar os seus quatro ou cinco originais e algumas covers.
Nunca pensaste em ser músico ou futebolista profissional?
Na altura queria ser músico, claro. Mais músico do que futebolista. Nunca surgiu a oportunidade… Se tivesse surgido talvez o meu rumo pudesse ter sido diferente.
Todos nós queremos deixar a nossa marca no mundo e a Tatara já vai conseguir isso.
Vendo agora o teu percurso de vida até hoje, qual é o grande projeto da tua vida?
Criar a Tatara. Sendo um bocadinho filosófico, todos nós queremos deixar a nossa marca no mundo e a Tatara já vai conseguir isso.
Tens alguém que tenha marcado a tua vida?
Sim, tenho. O meu treinador, o meu irmão, a minha mãe… a família, claro.
Qual é o teu lugar preferido?
Gosto muito da cidade do Porto, mas um país que me marcou muito foi o Vietname. Não queria viver lá, mas gostei muito.
Qual é a tua palavra preferida?
Gosto de dizer brutal (risos). É uma palavra que uso bastante.
Quando eras criança já querias ser engenheiro?
Não, não. Não pensava nisso. O meu irmão queria ser padre, esteve a estudar para isso e eu, na brincadeira, dizia que ia ser sacristão (risos). Além dessa brincadeira, não tenho ideia de mais nada (risos).
Tens alguma coisa sem a qual não consigas viver?
Tenho, sim. Bolachas. Sou completamente viciado em bolachas (risos). Estou sempre a comer bolachas (risos). A minha alcunha no futebol era o Bolachas (risos).
O que é que gostavas mesmo de fazer na tua vida?
Dar a volta ao mundo. Literalmente fazer uma viagem que desse a volta ao mundo.