UPTEC cria programa para estimular empreendedorismo nos investigadores da U.Porto

A UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto está a dinamizar um programa que já chegou a cerca de 130 investigadores da U.Porto, a Escola de Startups para Investigadores. Estimular competências de inovação e desenvolvimento de negócio, aproximar os estudantes do empreendedorismo e incentivar a valorização económica do trabalho de investigação são os principais objetivos desta iniciativa.

Partindo da estrutura de formação e mentoria da Escola de Startups – programa de aceleração de ideias de negócio –, a UPTEC desenvolveu uma formação concentração num exercício intensivo de cinco dias, normalmente integrado num plano curricu­lar ao nível do mestrado ou doutoramento.

O programa da Escola de Startups para Investigadores conta com sessões de Ideação, Modelo de Negócio, Mercado e Segmentação, Propriedade Intelectual, Comunicação e Pitch, Voz e Postura e termina com uma sessão de pitch numa das Faculdades da U.Porto. O programa dá também aos participantes a oportunidade de “conhecerem a UPTEC, a sua comunidade e projetos de empreendedorismo intensivos em conhecimento, liderados por investigadores que se tornam também empreendedores.”, afirma Susana Pinheiro, Diretora de Desenvolvimento de Negócio para as Ciências e coordenadora do programa na UPTEC.

Escola de Startups para Investigadores com a FCUP 

Em junho, a UPTEC realizou mais um programa para 23 alunos dos Mestrados em Biologia Funcional e Biotecnologia de Plantas, Biologia Celular e Molecular e Aplicações em Biotecnologia e Biologia Sintética da FCUP – Faculdade de Ciências da U.Porto. Segundo Susana Pinheiro, este programa – integrado na unidade curricular de “Gestão de Projeto” – é uma “oportunidade de ficarem a conhecer algumas ferramentas de gestão de projeto e estruturação de modelo de negócio.”, salienta.

Já para Paula Melo, Membro da Comissão Executiva do Departamento Departamento de Biologia da FCUP , os benefícios da integração de conceitos relacionados com o empreendedorismo no plano curricular são claros. Paula afirma que a formação “transmite aos alunos competências em áreas fora do âmbito da Biologia, como a criação de novos projetos empresariais, o espírito de empreendedorismo, a inovação e a criatividade.”, destaca.

A integração do programa no Mestrado acaba por representar “uma vantagem competitiva em termos de atratividade dos estudantes”. Os alunos que participam a Escola de Startups para Investigadores destacam “o contacto com empresas da área da biotecnologia e com o ambiente que se vive na UPTEC, o desenvolvimento de capacidades comunicativas, de trabalho em equipa e espírito empreendedor.”, reforça a docente. A ideia é corroborada por Susana Pinheiro que afirma que “estas competências – técnicas de apresentação em público e comunicação e expressão corporal –  terão impacto no desempenho das apresentações futuras dos estudantes, seja de um projeto de investigação ou de projeto de negócio”.

A Escola de Startups para Investigadores já conta com a realização de sete edições com diferentes cursos da U.Porto: Doutoramento em Biomedicina (Faculdade de Medicina da U.Porto), Mestrado Integrado em Bioengenharia (Faculdade de Engenharia da U.Porto) e Doutoramento Química Sustentável (FCUP). O programa chegou também a investigadores dos Departamentos de Química e Bioquímica, Física, Astronomia e de Biologia da FCUP.

No total, já participaram na Escola de StartUps para Investigadores cerca de 130 estu­dantes e investigadores da U.Porto, envolvidos na criação de mais de 35 ideias de negócios.

Resumo da 1ª edição do programa

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