Raquel Magalhães: “Cerca de 80% da Terra está desconectada e queremos resolver isso a partir do espaço”

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Raquel Magalhães é cofundadora de uma startup que tem um propósito simples: conectar o mundo inteiro. Fácil? Bom, se fosse fácil, qualquer um o faria, mas é a partir da UPTEC Mar, bem junto ao Oceano Atlântico, que a Connected pretende revolucionar a forma como as pessoas e as empresas se podem manter conectadas, transmitir dados e pequenas mensagens, mesmo nas zonas mais remotas do nosso planeta. Dos balões da Capadócia aos satélites no espaço, das cabeças de gado no Brasil aos snowboarders, navega pela história da aventureira cuja ligação ao Rio Douro, e aos desportos náuticos, surgiu pela ligação inquebrável à família e amigos.

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O que é que é a Connected?

A Connected é uma startup portuguesa, criada muito recentemente, em janeiro de 2023, que pretende desenvolver soluções de conectividade NB-IoT (baixa largura de banda para a Internet das Coisas), no fundo trata-se de disponibilizar um serviço com a capacidade de enviar e receber pequenos volumes de dados, ou seja, pequenas mensagens, em qualquer ponto do planeta, utilizando infraestrutura espacial. Pretendemos que o nosso serviço seja global, acessível e standard. Isto é a nossa génese, é o que queremos.

E de onde veio o vosso nome?

Eu acho que é quase intuitivo, Connected para conectar tudo e todos, em toda a parte.

A Connected foi criada por quem?

Foi criada pelo nosso Chief Executive Office (CEO), Tiago Rebelo, por mim, que sou a Chief Operating Officer (COO), pelo André Guerra que é o Chief Scientific Officer (CSO), e pelo Hélder Oliveira, o nosso Chief Technology Officer. Somos os quatro fundadores da Connected.

E como é que se conheceram?

Nós trabalhamos no passado juntos, mas já conhecia o Tiago há muito tempo. Estudamos juntos na Universidade, tiramos o curso de Engenharia Aeronáutica, portanto conheço-o há mais de 15 anos, trabalhámos juntos dez anos no nosso antigo emprego, e agora decidimos avançar para esta aventura.

E como é que dividem as tarefas dentro da Connected?

Essa é talvez a parte que fazemos de forma mais natural. Quando formamos a empresa, num desafio lançado pelo Tiago, já foi pensada nas valências de cada um de nós. No meu caso, tenho o background de Engenharia, mas sempre estive muito ligada à parte de gestão, o que faço é ligado ao dia a dia da empresa, à gestão das pessoas, dos projetos, dos produtos. Depois dividimo-nos entre “espaço” e “ground” – para a componente de “espaço” temos o André que tirou o curso de Engenharia Aeroespacial, é ele que está encarregue dessa área, e temos o Hélder que é Engenheiro Eletrotécnico, e está encarregue do “ground”. O Tiago, obviamente, é a cara da empresa e é ele que impulsiona a empresa, estando muito virado para fora, para a projeção da Connected.

A ligação à UPTEC como surgiu?

Já conhecíamos a Francisca Eiriz, que foi o ponto de contato e de ligação aqui à UPTEC. Naturalmente tivemos de explicar qual é que era a nossa ideia, porque é que a Connected tinha de existir, e depois foi muito natural, acreditaram no projeto, e ficamos incubados no ecossistema da UPTEC.

“As empresas que nos rodeiam transpiram empreendedorismo”

Quais os principais benefícios que conseguiram colher deste ecossistema?

Nós não estamos só aqui, estamos também no Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, e estes dois locais são um meio onde as empresas que nos rodeiam transpiram empreendedorismo, e tiramos vantagem da partilha de ideias. Depois o facto de estarmos ligados à própria UPTEC, acabamos por beneficiar de uma série de iniciativas, de contactos e de parcerias. Se estivéssemos isolados num escritório, não tínhamos tanto proveito. E temos também esta localização, maravilhosa – estamos à frente da praia de Leça. Mas a verdade é que estamos aqui há pouco tempo, só chegamos em janeiro, portanto, ainda nos estamos a dar a conhecer ao resto do ecossistema.

A vossa ideia pretende solucionar qual problema?

Quando olhamos para o nosso planeta, cerca de 80% da superfície, seja terrestre ou marítima, não tem cobertura de rede celular terrestre, está desconectado, não há comunicação, e nós queremos resolver esse problema a partir do espaço.

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E pode ser adaptada a outras ideias de negócio?

A nossa solução pode ser aplicada a múltiplas ideias de negócio. Aquilo que queremos é expandir o tipo de conectividade que atualmente temos em terra, devido à limitada infraestrutura existente de rede celular terrestre e expandir para redes não terrestres. No fundo, é como se colocássemos uma “torre de comunicações” a bordo de um satélite no espaço, e com isso gerar um serviço de comunicações não terrestres, que permitirá alavancar e gerar novos modelos de negócio, fazendo uso deste novo serviço.

Tais como?

Falamos de várias aplicações, por exemplo monitorização de parâmetros, como a temperatura do solo, em campos agrícolas, situados em zonas off-grid, remotas, em que se utilizarmos a nossa solução de conectividade, e pudermos agregar e processar os dados desses sensores localmente, recorrendo a edge-computing, de modo a providenciar essa informação às empresas, estas poderão aumentar a sua performance, através de alarmística, que influenciará a sua atempada tomada de decisão, neste exemplo significaria “aumento da temperatura numa determinada zona, então liga a rega nessa zona”. Este tipo de soluções podem já existir, mas o que queremos é expandir a sua aplicação para zonas remotas e off-grid, ou seja regiões que não estão cobertas por redes terrestres. Falamos em agricultura, em logística, transporte, energia, e muitas outras aplicações, casos-de-uso e mercados. Outro exemplo, no Brasil, existem imensas cabeças de gado que são perdidas porque estão em zonas muito vastas, num país que é enorme, com consequente perda financeira para os produtores, sendo esta também uma aplicação da nossa solução. É certo que temos de as testar, perceber quais é que são as aplicações prioritárias, e onde é que vamos apostar, enquanto desenvolvemos a tecnologia.

E para o utilizador comum, há alguma vantagem em aplicar a vossa solução?

Inúmeras, todos nós já estivemos em zonas sem rede, e ter o conforto de poder, em alguma situação de emergência, carregar num botão, de forma fácil, e enviar a nossa localização para contactos pré-definidos, é algo que a Connected quer disponibilizar.

Em que fase de implementação estão?

Temos dois caminhos em mente. Primeiro queremos ter o nosso serviço implementado, isso é o crítico, o nosso serviço de conectividade que vai estar dividido em três fases. A primeira vai ser o lançamento do In-Orbit Demonstration (IoD), que é o momento em que vamos colocar o nosso sistema de comunicações a bordo de um satélite, e vamos provar a tecnologia que temos vindo a desenvolver, está previsto para dezembro de 2024. Depois começamos a trabalhar na fase piloto, em que já prevemos ter cerca de 16 a 20 payloads, do nosso Non-Terrestrial Integrated Communication Management System (NT.ICMS) em órbita, isto até 2027. Depois, até 2029 queremos ter o nosso serviço totalmente operacional, já com cobertura global, que requererá algumas dezenas de ativos no espaço.

E o segundo caminho?

Em paralelo a tudo o que disse antes, acreditamos que temos de provar que a nossa solução, que o nosso produto tem fit no mercado, e que os potenciais clientes estão dispostos a pagar por ela. Acreditamos que sim, mas temos de fazer o nosso trabalho, para isso, vamos utilizar serviços de comunicação via satélite de terceiros, já operacionais, com quem temos vindo a estabelecer parcerias, e procurar os primeiros parceiros/potenciais clientes para provar o nosso conceito, emulando a nossa futura oferta de uma forma criativa e inovadora.

Quantas empresas e negócios poderão usar a vossa solução?

Não há um limite para o número de empresas. O que limita é a infraestrutura, ou seja, o número de ativos no espaço e a capacidade de uplink e downlink, e essa capacidade, claro que é limitada.

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Em menos de um ano já conquistaram vários prémios. Um bom presságio?

Eu acho que ganhamos muita coisa e ao mesmo tempo parece tão pouca, porque queremos sempre mais, não é…? Desde que fomos incubados aqui na UPTEC, já mudamos duas vezes de escritório porque entretanto, a equipa cresceu. Entrámos no programa ESA BIC da Agência Espacial Europeia (ESA), em que fomos incubadas no Instituto Pedro Nunes como consequência, ganhamos o projeto SUNSAT parte do programa SPARK 4 Business, ao abrigo também da ESA. São projetos muito curtos, mas importantes para ganhar tração. Ganhamos, também, o voucher PRR, uma ajuda à criação da empresa. Já em termos de programas, fomos aceites no programa ALPHA da Web Summit, onde vamos estar em novembro, e fomos aceites no programa VISTA, no Dubai, estando, também, presentes no Dubai Airshow. Fomos também aceites no Techstars Berlin, só que as condições não eram as que desejávamos, e acabamos por não aceitar entrar, mas não deixa de ser muito bom. E também fomos aceites como membros de um grande consórcio a nível europeu que pretende desenvolver uma mega-constelação para comunicações seguras… com mais novidades em breve (risos). Temos feito muitas parcerias e muitos contactos, que são importantíssimos para aquilo que estamos a desenvolver e que já nos fizeram adquirir alguma propriedade intelectual, e que nos catapultaram para uma fase muito mais à frente. Vamos atalhando caminho, o que é ótimo, creio até que já contactamos empresas de quatro continentes diferentes, e esses contactos têm sido muito importantes para acelerar o nosso percurso.

“A tecnologia pode ser usada para melhorar o nosso dia a dia aqui na Terra”

Qual é a principal conquista da Connected até agora?

Acho que o mais importante foi o facto de termos conseguido, em tão pouco tempo, construir uma equipa, tão sólida. Nós somos dez, mas também temos um freelancer a meio tempo connosco, dez e meio, portanto (risos).

Próximos passos?

A empresa é portuguesa, estamos a utilizar engenharia portuguesa, estamos a desenvolver a tecnologia aqui, mas olhando para Portugal, até pela própria abrangência de cobertura que tem, que cobre praticamente a totalidade do território terrestre, teremos de trabalhar e encontrar parcerias para chegar ao mercado no estrangeiro, num setor que é verdadeiramente global, isto apesar do gigantesco “Atlântico português” que encerra também em si um enorme conjunto de oportunidades. Em todo o caso, queremos fazer o nosso IoD em 2024, e até lá validar o mercado, testar os nossos produtos e ter os primeiros pilotos, as primeiras provas de conceito, isso é o grande objetivo. A tecnologia pode ser usada para melhorar o nosso dia a dia aqui na Terra.

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A vida fê-la passar por muitos sítios. Dos primeiros passos na pacata vila do Pinheiro da Bemposta, à Torreira, da Covilhã onde estudou Engenharia Aeronáutica às diversas viagens que já fez pelo mundo, a empreendedora agora chama o Porto de casa. O Rio Douro tem uma grande influência no passado e no presente da Raquel, que se diz preparada para todas as etapas futuras, graças ao sistema de suporte que tem.

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Onde nasceste?

Sou natural do Pinheiro da Bemposta, onde cresci, é uma vilazinha que pertence a Oliveira de Azeméis, todos se conhecem e há uma noção muito grande de comunidade. Também passei muito tempo da minha juventude na Torreira, na praia.

E como é que eras enquanto aluna?

Enquanto aluna há várias fases da Raquel (risos). Tentei ser sempre boa aluna para entrar no curso que desejava. Depois a Raquel da Universidade tentava balancear os estudos com a vida social, fez Erasmus, quis ir para fora, quis conhecer pessoas, quis conhecer o mundo.

E em algum momento específico sentiste que tinhas vocação para o empreendedorismo?

Acho que não há um momento em que dizemos “Ok, agora eu vou ser empreendedor ou agora quero inovar”. Foi uma consequência das várias decisões que eu fui tomando, do curso que frequentei, do meu percurso profissional, tudo isso foi uma consequência que me levou até aqui.

No secundário já tinhas ideia de que querias ir para esta área?

Não, eu nunca soube o que queria ser, até ter de decidir talvez no 11º ano, 12º, foi mesmo até à última (risos). Sabia que não queria nada com a saúde, sabia que não tinha veia artística, então optei por ciências e tecnologias, o mais geral, e depois no 12º escolhi Engenharia. E foi lá na Covilhã que conheci o Tiago.

Uma ligação que nunca mais se perdeu…

Sim, ele depois “fugiu” porque foi fazer o Space Master, mas depois voltamos a reencontrarmo-nos e a trabalhar juntos e a partir daí estivemos sempre muito próximos.

Como costuma ser o teu dia a dia?

A minha rotina diária costuma ser muito trabalho-casa, casa-trabalho e o fim de semana é dividido entre os amigos e família. Tento estar com os dois sempre que posso. Como o trabalho consome grande parte do dia durante a semana, só tenho tempo para dar umas fugidas ao ginásio e uma corrida quando está sol e tenho vontade, não sou grande fã, confesso (risos).

E quando tens um pouco mais de tempo, o que gostas de fazer?

Eu gosto muito de fazer snowboard, mas não posso praticar cá, é sazonal, só o posso fazer no Inverno e fora do país, mas não abdico. Durante o Verão, e muito por influência do meu pai, principalmente, e por lazer, gostamos de dar uma voltinha na canoa, o meu pai quer que o acompanhemos na vela, experimentar desportos diferentes como o standup paddle… Tudo isto na Torreira. Um dia bom em família é acordar, praia ou ria, levar a prancha, a canoa, ir aos “cricos”, o famoso berbigão, tudo isto em família.

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Sentes que é um equilíbrio que é necessário?

Eu tenho tentado ser mais organizada ultimamente, tento ser disciplinada e fazer desporto regularmente. É importantíssimo, isso e não ter rede no telemóvel também ajuda (risos).

Então quando tiverem a vossa solução completamente implementada, isso vai ser mais difícil…(risos).

É verdade, mas para situações como o snowboard, em que por vezes não temos rede e temos de nos manter conectados, vai ser muito útil (risos).

Vai haver muita a gente que vai passar a não poder usar essa desculpa por vossa causa (risos)...

Acho que o benefício será muito maior (risos).

“Pior do que tentar e falhar é nem sequer tentar”

Sem dúvida! Pareces ser uma pessoa aventureira, é algo que aplicas no mundo do trabalho?

Eu não sou profissional em nenhum destes hobbies, mas não tenho medo de tentar e de arriscar, porque como costumo dizer só se vive uma vez. Se não aproveitar agora, não aproveito mais, e faço o paralelismo com o momento em que decidi despedir-me e juntos criamos a Connected. Foi uma decisão muito natural, muito clara, porque pior do que tentar e falhar é nem sequer tentar.

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Uma decisão de risco e de coragem…

Depende da fase da vida em que estamos e depende do suporte que temos. Depende de uma série de fatores. Eu estava numa fase da vida em que já tinha trabalhado alguns anos, já tinha feito algumas coisas que gostava de fazer, e achei que era o momento para arriscar, o momento foi propício. Ter o suporte do Luís, o meu marido, que também tem o próprio negócio, ajudou muito, ele incentivou-me sempre a arriscar.

Gostas muito de viajar, há algum sítio que te tenha marcado mais?

Há imensos sítios onde quero ir, e se pudesse, passava a vida toda a viajar! Das que já fiz, marcou-me muito a Capadócia. Adorei a viagem às Filipinas, gostei muito de Machu Picchu, há tantos sítios…

Do que mais gostas de fazer nessas viagens?

Dá-me imenso prazer viajar, é das coisas que falo com mais paixão e vontade. As experiências e o que trazemos das pessoas e dos sítios é realmente enriquecedor. Gosto imenso de Portugal, tem sítios fantásticos, mas viajar para fora é ótimo.

Um desses sítios fantásticos que temos é este onde nos encontramos, com vista para o Douro e para o Atlântico. Este é um local especial para ti?

É, por três fatores. Ultimamente tenho vindo cá [ANJE Restaurante] jantar muitas vezes com amigos, e os amigos são uma parte importante da minha vida. Depois o próprio sítio apoia empreendedores, e esta vista para o Douro é maravilhosa, vale a pena realmente.

Apesar de não seres do Porto, já tens uma ligação muito forte ao Douro?

O Douro é o Coração do Porto, mas eu não sou do Porto. Agora sou uma portuense emprestada porque vivo aqui, e o Douro não tinha grande significado para mim, até acontecerem alguns eventos que fizeram com que se tornasse especial. Fui pedida em casamento no Douro e casei também junto do Douro.

Atualmente o que é mais indispensável para ti?

Eu acho que, infelizmente ou felizmente, o telemóvel assume uma importância muito grande, porque, hoje em dia, pagamos com o telemóvel, trabalhamos com o telemóvel, não posso ir de carro sem o GPS do telemóvel senão perco-me (risos). De férias ou nos tempos livres, gosto de ler, tenho sempre um livro comigo.

Onde é que te vês daqui a cinco anos?

Cinco anos vão passar a voar! Vejo-me na Connected, na mesma posição, e com uma equipa maior e com mais desafios.

E como será o mundo daqui a cinco anos?

Não quero acreditar que o mundo vai estar pior daqui a cinco anos, quero acreditar que vamos estar num período mais estável.

Qual é a tua maior virtude?

Sou uma pessoa muito prática, muito focada, direta ao assunto, acho que isso ajuda bastante na minha vida.

E um defeito?

O meu acordar (risos.) Tenho mau feitio a acordar, é algo que tenho de trabalhar (risos).

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Tens alguma palavra preferida?

Não diria que é minha preferida, até porque não a uso com grande frequência, mas gosto muito da carga que transmite a palavra “universo” e em todas as questões que estão associadas, o facto de ser infinito, torna-se uma palavra com uma carga muito pesada.

Alguma data que esteja gravada na tua memória?

As datas pessoais na minha vida foram muito marcantes, naturalmente, mas profissionalmente, acho a criação da Connected. Foi um dia interessante, tratamos de fechar a documentação toda junto do nosso advogado, e depois fomos comer uma francesinha e beber uma cerveja (risos). Fomos festejar os quatro, foi um momento muito bom, estávamos ali meio abananados, mas foi assim que festejamos a criação da Connected, com uma francesinha e uma cerveja.

Para finalizar, diz-me três coisas que gostarias de fazer na tua vida.

Possíveis ou impossíveis?

Impossíveis também, porque o que hoje é impossível, amanhã pode ser possível.

É verdade. Gostava de constituir família, de ser mãe, óbvio, gostava de viajar muito e visitar uma série de países, e gostava de ir ao espaço, desde que me pagassem o bilhete, que é muito caro (risos).

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26 de outubro de 2023
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