A Open Cosmos, uma empresa instalada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, concluiu a missão de satélite MANTIS, um programa que forneceu imagens de alta resolução e insights baseados em Inteligência Artificial (IA).

Fundada em 2015, no Reino Unido, a Open Cosmos simplifica o acesso à órbita espacial, oferecendo um serviço completo e integrado para missões de satélites, desde o design e fabrico até ao lançamento e operações. Um dos pilares desta missão é a OpenConstellation, uma infraestrutura de satélites partilhada que redefine a forma como organizações em variados setores têm acesso a informações.

Durante dois anos, o MANTIS completou mais de 10.000 órbitas, captando diariamente imagens de alta resolução de uma área total superior a 500.000 quilómetros quadrados. As suas óticas avançadas e inteligência artificial incorporada permitiram transformar imagens brutas em informação acionável em tempo quase real – mais rapidamente e de forma mais eficiente do que as missões tradicionais –, possibilitando que os setores da energia, mineração e ambiente tomassem decisões mais rápidas e informadas.

O satélite, lançado a 11 de novembro de 2023 a bordo do Transporter-9 da SpaceX, foi o primeiro satélite InCubed da ESA, apoiado pela Agência Espacial do Reino Unido. Concebido com foco na sustentabilidade, o MANTIS foi desorbitado de forma segura, sem deixar detritos e estabelecendo um novo padrão para operações espaciais responsáveis.

Open Cosmos: Missão histórica com impacto significativo

A missão MANTIS impulsionou o uso de IA em órbita e validou novas tecnologias, processos e modelos operacionais, que estão agora integrados na OpenConstellation, a constelação global de Observação da Terra gerida pela Open Cosmos e utilizada por governos, empresas e organizações para enfrentar desafios globais como as alterações climáticas, a gestão de recursos e a proteção ambiental através de dados espaciais.

“O MANTIS foi uma missão marcante para a Open Cosmos. Demonstrou a nossa capacidade de oferecer Observação da Terra ponta a ponta, com tecnologia ótica e de IA de última geração, e forneceu dados cruciais para setores que enfrentam desafios relacionados com o clima, a energia e a gestão do território.” assinala Rafel Jordà Siquier, fundador e CEO da Open Cosmos.

23 outubro 2025